Por Bibiana Carneiro, SRC
O futuro parece tão incerto e tão assustador quando se é jovem, não é mesmo? Quer dizer, o tempo todo estamos sendo preparados para ele, afinal tem algumas perguntas que ouvimos desde que somos crianças e que nunca mudam, como “O que você que ser quando crescer?”, que se altera para “Você já pensou para qual curso vai prestar o vestibular?”, e que têm sempre o sentido de que o seu futuro está baseado em obrigações que o levem ao caminho do sucesso.
É claro que a nossa vida é feita de obrigações – nem sempre podemos fazer tudo o que queremos –, mas quando falamos do futuro não podemos ter tanta incerteza assim ou pensar nele como uma “obrigação”. Há um sentido um tanto quanto negativo nessa palavra, pois deixa pressupor que crescer é algo ruim e que para você atingir um status social, e uma condição considerada boa pelos outros, você precisa seguir tudo isso à risca. Não é bem assim que funciona: essa ideia de que “eu preciso decidir minha vida a partir das vantagens materiais que vou obter” é o primeiro caminho para a infelicidade – e é esse caminho que andam ensinando por aí! Mas acredite: você não precisa ouvir essas pessoas.
As pessoas que dizem para você que sua obrigação na vida é ter sucesso não explicam o que significa essa palavrinha ou, se explicam, sempre a conectam com o quanto de dinheiro ou reconhecimento você possa obter. Porém, sucesso é algo muito pessoal; você não precisa basear o caminho para o seu sucesso naquilo que os outros dizem. Primeiramente, o sucesso está ligado ao que você acredita que vai lhe trazer uma satisfação na vida, de tal forma que você seja feliz. É o que você vai fazer no seu futuro tornando-o uma pessoa realizada. É a sua própria concepção e a de mais ninguém. Então, quem tem que definir o que é sucesso e qual o caminho para obtê-lo deve ser você, afinal de contas é a sua vida, são suas escolhas e somente você é responsável pelas consequências dela.
Refletido isso, é preciso entender que o futuro não pode parecer um bicho-de-sete-cabeças. Eu sei: parece muito o fato de decidir tão cedo o que você “quer ser pelo resto da sua vida”, mas é preciso ter uma ideia do que se pretende, do que você gosta e de como pode usar isso para viver a sua vida e alcançar o seu ideal de sucesso. Não dá para ficar aterrorizado ou em negação; é preciso ter um plano pequeno sobre o que você pretende. Mas isso tem um motivo.
Quando nós visualizamos o nosso futuro, criamos uma imagem mental daquilo que queremos. Pensamos em como tudo pode ser maravilhoso, em como estaremos felizes, focamos a nossa mente em conseguir aquilo, em superar os obstáculos que nos impeçam de realizarmos o que realmente desejamos e ganhamos a força e a determinação de que precisamos para seguir no caminho do sucesso e da felicidade. E nossa mente é poderosa – mais do que conseguimos imaginar: sabemos que, quando criamos algo fortemente e lutamos para concretizar aquilo que queremos, não há muitas coisas que não possamos alcançar. Porém, para que isso realmente se concretize, precisamos realmente querer: é preciso que seja da nossa vontade, o que quer dizer que se você estiver tentando seguir por um rumo imposto ou dito por alguém e esse rumo não te trará a felicidade, você não irá conseguir a plenitude dessa visualização, e é por isso que você deve achar o que realmente deseja – em outras palavras, qual o ideal que irá colocá-lo no caminho para concretizar esse desejo, de tal modo que você consiga concretizá-lo sem desistir nos primeiros obstáculos.
Mas talvez a grande questão agora seja como achar o que eu quero fazer no meu futuro. O que eu realmente desejo? Bem, a resposta para essa pergunta está dentro de você. Ninguém pode lhe dizer o que fazer; apenas aconselhar. Você precisa olhar dentro de si e ouvir o seu interior, talvez se questionando: “O que eu faria pelo resto da minha vida que possa me fazer feliz e trazer algo bom para o mundo?”. Você deve buscar seus talentos, seus gostos e tentar aliá-los com o seu futuro, pensando na sua felicidade. Ache algo que você ame fazer e faça pelo resto de sua vida da melhor maneira possível. A recompensa então virá.
Não deixe que a ideia de “o meu sucesso está ligado ao quanto de dinheiro eu possuo” ou de “isso não dá futuro” tire você do seu caminho. Afinal de contas, o propósito de todos os seres humanos é a felicidade, e não tornar-se uma máquina de fazer dinheiro! As sensações, as emoções e o aprendizado são as únicas coisas que você leva desse mundo. Aquilo que você faz é a marca que fica. Então, como você quer ser lembrado? Como alguém que perseguiu seus sonhos independentemente de quais fossem eles e foi feliz? Ou como alguém com muito dinheiro, mas infeliz e incompleto?
Eu escolho ser feliz. Mesmo que os meus sonhos sejam grandes e os obstáculos enormes, eu acredito no meu futuro e vou realizá-lo, pois, como disse Harvey Spencer Lewis:
Não há limitação para o que a mente pode criar na sua imaginação. Não há castelos altos demais, nem casas grandes demais, nem terras vastas demais, nem regiões belas demais ou férteis demais num país, para a visualização consciente. O mundo é seu quando você pinta as imagens mentais do que quer e vai ter. Além disso, a história da civilização prova que não há limite para a criação material pelo ser humano das coisas que ele visualizou. Toda a história das realizações do ser humano desde o começo do mundo prova que ele pode causar a realização efetiva daquilo que visualizou mentalmente.
E você? Qual é a sua escolha? Qual é a sua definição de sucesso? E o mais importante: qual é o seu sonho?
Referências bibliográficas:
LEWIS, Ralph M., Alquimia Mental.
LEWIS, Harvey Spencer, Um Mestre da Rosa-Cruz.