O diagnóstico realizado no início do projeto constatou que a divisão dos membros da ORCJ em três faixas etárias também se mostrava inadequada frente à realidade atual marcada por uma grande diferenciação entre os jovens de diferentes idades. Faixas muito amplas como dos 10 aos 13 anos ou dos 14 aos 18 anos, colocavam em uma mesma classe jovens que não têm maior identificação. Tal situação tendia a oferecer dificuldades não apenas na escolha dos temas a serem trabalhados em cada faixa, mas também com relação à linguagem utilizada para trabalha-los.
Para superar tal dificuldade foi instituída uma divisão com cinco faixas etárias, a saber:

De forma semelhante ao que foi pensado para o conteúdo, considerou-se que a dimensão simbólica da ORCJ deveria ter um novo fundamento. A escolha recaiu, então, sobre o tema da Cavalaria. O ponto de partida foram experiências anteriores com atividades envolvendo os jovens que usaram esta temática e que foram bem sucedidas. Uma avaliação mais detalhada apontou que tal escolha apresentava outros pontos fortes:
-A ideia de educação / formação por meio do desenvolvimento de virtudes.
-A ligação que a temática da Cavalaria tem com o maior mito da cultura ocidental – a busca pelo Graal.
-O fato de que esta Tradição é muito rica em símbolos, personagens, imagens e histórias que podem ser usados no trabalho com os jovens, principalmente com o progresso por estágios que podem ser relacionados com a estrutura das faixas etárias.
Foi então concebida a grade geral do conteúdo, já agora relacionada com o simbolismo da busca do Graal. Foram definidos os títulos dos cinco Graus relacionados com o progresso do candidato, de acordo com a trajetória tradicional do herói do Ciclo do Graal. E foi como elemento de concordância com todo este contexto que se escolheu a nova denominação para a então ORCJ, a Ordem Guias do Graal, a OGG. Com isto, as novas faixas etárias já organizadas em cinco graus, ficaram assim:

Além do título, foram definidos para cada Grau, um símbolo próprio para o título e uma palavra de passe.
O CONTENDO EM SETE DISCIPLINAS
Considerando as bases conceituais adotadas, os temas que são tratados nas monografias foram agrupados em sete disciplinas, sendo três para o pilar Aprender a Conviver e quatro para o pilar Aprender a Ser.
O pilar Aprender a Conviver concentra as disciplinas com temais mais gerais, enquanto o pilar Aprender a Ser é constituído pelas disciplinas que contém os temas próprios da filosofia e dos ensinamentos rosacruzes. O quadro, abaixo, mostra a distribuição das monografias pelos Pilares, Disciplinas e Graus de Estudo:
O CONTENDO EM SETE DISCIPLINAS
Considerando as bases conceituais adotadas, os temas que são tratados nas monografias foram agrupados em sete disciplinas, sendo três para o pilar Aprender a Conviver e quatro para o pilar Aprender a Ser.
O pilar Aprender a Conviver concentra as disciplinas com temais mais gerais, enquanto o pilar Aprender a Ser é constituído pelas disciplinas que contém os temas próprios da filosofia e dos ensinamentos rosacruzes. O quadro, abaixo, mostra a distribuição das monografias pelos Pilares, Disciplinas e Graus de Estudo:

(1) Considerados na perspectiva das relações sociais.
(2) Considerados na perspectiva pessoal.
Os percentuais apresentados na última coluna do quadro mostram o equilíbrio na distribuição dos temas, bem como a ênfase necessária no Pilar Aprender a Ser, com predominância para as disciplinas Domínio da Vida e Eu Interior.
O total geral de Monografias é de 588, somando-se às 582 do quadro acima, as cinco alegorias ritualísticas de passagem de Grau e uma mensagem especial de encerramento escrita pelo Grande Mestre.
O conjunto das Alegorias Ritualísticas da Ordem Guias do Graal – OGG – é composto por dois grandes grupos:
Alegorias a serem realizadas ao longo do ano
Alegorias de PPassagem de Grau
Vamos tratar inicialmente do grupo relativo às alegorias de Passagem de Grau uma vez que elas expressam de forma mais direta o simbolismo da Busca do Graal que é o fundamento maior da estrutura ritualística da OGG.
A partir da escolha da temática da Cavalaria, centrada no mito do Graal, o primeiro passo foi a construção de um enredo para o conjunto das alegorias, como forma de garantir a coerência entre elas. O enredo é a história a ser narrada e vivida pelo estudante, ao longo de sua caminhada nos estudos da Ordem. Considerando a estrutura simbólica adotada, foi escolhida a trajetória do herói do Graal (a história de Perceval).
Uma vez definido o enredo, passou-se a construir as alegorias de passagem de grau, fazendo com que cada uma contasse uma parte do enredo geral. Na OGG optou-se por realizar as alegorias de cada Grau, com a devida concessão do título ao estudante, ao final do estudo do grau, como forma de reconhecer o merecimento obtido pela sua persistência com relação aos estudos. Assim, a estrutura do conjunto de Alegorias de Passagem de Grau, ficou sendo a seguinte:
Início: O Chamado – Cerimônia de entrada na OGG, o Chamado é parte de uma Convocação Ritualística regular e constitui-se no requisito básico para que se possa participar normalmente dos trabalhos da Ordem.
1ª Alegoria – O estudante trava a sua primeira luta, tornando-se um Guardião do Castelo.
2ª Alegoria – Encontro com um Mestre e visita ao Castelo do Bom Refúgio; torna-se Escudeiro da Verdade.
3ª Alegoria – Encontra o Castelo do Graal, mas este desaparece e o candidato sai, novamente, em sua busca; torna-se Fiel Servidor.
4ª Alegoria – O estudante sagrado cavaleiro, recebendo o título de Cavaleiro da Perseverança.
5ª Alegoria – O estudante tem a opção de ficar morando no Castelo do Graal, mas, como um verdadeiro buscador, no caminho místico, escolhe voltar para ser um Guia para outros buscadores tornando-se Guia do Graal.
A cada passagem, o jovem buscador recebe um distintivo (pin) com o símbolo do Grau, que é afixado em sua gola medieval; também a cada alegoria lhe é confiada uma palavra de passe correspondente ao Grau.
Além das Alegorias de Passagem de Grau, a OGG dispõe de outras cerimônias ritualísticas:
Convocação Ritualística
Cerimônia de Ano Novo
Comemoração do Dia do Cavaleiro
Quatro Cerimônias de Abertura de Estação
Todas as alegorias são novas e foram construídas observando-se o simbolismo da Cavalaria e do Graal.
A data de 27 de Outubro, Dia do Cavaleiro, foi escolhida para ser o Dia da OGG, em substituição a data anterior, 12 de Outubro, em que, no Brasil, se comemora o Dia da Criança. O dia 27 de Outubro é a data de nascimento de Raimundo VI (1156 1222), Conde de Toulouse, que inspirou a estátua do Cavaleiro da Rosa. Ele foi um verdadeiro Cavaleiro, da fiel tradição templária, livre pensador e líder progressista. Recusou-se a perseguir os místicos que se responsabilizaram pela construção dos alicerces do Rosacrucianismo, no Sul da França.
Para a nova Convocação Ritualística foram escritas novas mensagens e adaptadas outras já existentes. Todas as mensagens para Convocação passam a incluir alguma forma de dinâmica: experimento simples, dramatização, vídeos, vivências práticas em grupo, etc. O ideal é que nenhuma mensagem para a Convocação seja apresentada apenas na forma de leitura por um orador. Para tanto, todas as mensagens vêm acompanhadas de instruções claras para o Coordenador a respeito de como preparar e apresentar a mensagem.
As demais cerimônias são melhor explicadas, mais adiante, quando será apresentado o Calendário Memorial.
Todas as alegorias foram preparadas em duas versões: para a realização no Templo de um Organismo Afiliado e para a realização no lar. O estudo no lar é chamado de Estudos de Távola, denominação escolhida para manter a sintonia com o simbolismo adotado na OGG.
A falta de uma continuidade temática para as atividades com os jovens também foi apontada como um fator gerador de desinteresse quanto à participação deles. Assim, o objetivo da adoção de um Calendário Memorial é proporcionar um sentido de continuidade temática para as atividades nos Organismos Afiliados, dando ao membro a oportunidade de viver mais intensamente cada Ano Rosacruz.
O Calendário Memorial busca refletir a tradição, valores e Missão da AMORC e da OGG e fortalecer a visão de mundo que os rosacruzes desejam construir. Busca, ainda, oferecer um sentido de continuidade tanto para atividades no Organismo Afiliado (mensagens de Convocações), como para atividades abertas à comunidade, um dos aspectos que devem merecer a atenção na segunda fase de desenvolvimento do projeto da OGG.
O Calendário deve também guardar relação com os pilares de Aprender a Ser e Aprender a Conviver, que formam a base pedagógica que fundamenta os ensinamentos da OGG. Deve, ainda, guardar relação com o CODEX (Código de Cavalaria), entregue a cada membro quando passa pelo Chamado.
O Calendário Memorial tem base anual, é formado por períodos cíclicos, com simbologia própria a ser adotada nas celebrações ritualísticas e atividades de convivência; organizado por estação do ano, sendo que cada hemisfério deve ter seu calendário de acordo com as respectivas estações.
Atividades, rituais e festividades em datas móveis, têm como ponto de partida a data de início de cada estação. Cada estação do ano tem:
Uma cerimônia especial de abertura.
Cor e símbolos próprios. A cor referente à estação aparece no barrado da toalha que recobre a mesa que fica do lado externo da porta de entrada do Templo. As cores para cada estação são: Verde para Primavera, Amarelo claro para o Verão, Laranja para o Outono e Azul claro para o Inverno.
Um tema específico que deve sustentar as atividades, cerimônias e mensagens.
Ligação com artigos do CODEX e com os pilares de Aprender a Ser e Aprender a Conviver.
Coordenador Geral: Frater Alfredo dos Santos Junior
COORDENADORES DE GRUPOS:
Conteúdo: Sóror Luceli P. Novaes e Frater Luiz Carlos Novaes
Alegorias Ritualísticas:Frater Fábio Lopes Soares
Atividades para Organismos Afiliados: Sóror Luceli P. Novaes
Calendário Memorial: Frater José Augusto Rodrigues dos Santos
Meios para Divulgação dos Ensinamentos: Sóror Maria Luiza Quadros
Coordenação da Ordem Guias do Graal- AMORC-GLP: Soror Marcela Lobo