Avante!

Por Christian Bernard, Imperator da AMORC

Um dos princípios básicos da Psicologia das ultimas décadas diz que um problema só pode ser resolvido quando se conhece a causa, o que criou a moda das longas análises com terapeutas. Sem dúvida, temos uma visão melhor dos nossos problemas e de nossa reação a eles quando conhecemos sua causa. Mas será que isso basta?
Será que devemos nos satisfazer com um principio que justifique muitas de nossas atitudes e nos isenta das responsabilidades? Será que devemos nos contentar apenas em termos descoberto o motivo de nossas más ações, de nossas mentiras e de nossos pensamentos negativos? Uma explicação pode nos ajudar a compreender, mas de nada serve se não vier acompanhada do desejo de mudar. E se o fundamental não for conhecer a origem de nossos problemas, mas simplesmente aceitá-los (de forma Zen), ou combatê-los (de forma cavaleiresca)?

Nossa existência é regida por ritmos e hábitos. Nossos receios, medos e fobias podem ser superados, mas para isso é preciso ter vontade. Por exemplo, saber por que ficamos aterrorizados em determinadas situações, ou por que sentimos um pavor irracional diante de um determinado objeto, de um animal, de certas circunstâncias ou pessoas é, sem dúvida, interessante do ponto de vista intelectual, mas nada resolve.

Nossas reações e nossas faltas de reação são também e acima de tudo hábitos. Tomemos como exemplo uma viagem. Se o desconhecido nos amedronta, deslocar-se de um local para outro pode nos parecer difícil. Na primeira vez podemos hesitar e nos estressar. Naquele momento, a estrada nos parece longa. Depois, aos poucos, com a experiência e o hábito aquilo que parecia difícil e desagradável acaba parecendo simples. A viagem nos parece mais curta, reagimos melhor, nos acostumamos. Não se consegue avançar andando para trás, nem subir as escadas da vida indo degraus abaixo. Se quisermos descobrir o que há por detrás da porta que está diante de nós, precisamos ousar abri-la. “O passado pode ajudar a viver o presente e a preparar para o futuro, mas não deve travar nossa evolução”. “Querer é poder!” É bem verdade que não vencemos sempre na vida, mas, mesmo quando caímos, podemos nos levantar e começar de novo de outra forma, ainda melhor… Muitas vezes se diz que “a sorte sorri para os ousados”.

possível perceber que a alegria e a felicidade não sorriem muito para os pessimistas de carteirinha. As dificuldades, as experiências, as aflições e os sofrimentos fazem parte da condição humana. Ninguém está livre disso, mas o que pode fazer a diferença é a forma como reagimos diante das adversidades e como as superamos. É principalmente nisso que consiste o “domínio da vida”. Somos donos de nosso destino e temos nosso livrearbítrio, pelo menos em relação a como administramos as provações que a vida nos apresenta.

Antes de tudo, é preciso tentar, com prudência, superar nossos medos e apreensões ou mudar nosso modo de pensar, de falar e reagir. Em muitos momentos da vida, quando obrigados, nos esforçamos e conseguimos superar nossos medos. Isso se aplica a muitas coisas na vida; basta nos esforçarmos um pouco no início e depois tudo vai em frente. Retomando a primeira ideia, gostaria de insistir no fato de que devemos nos esforçar para melhorar nosso comportamento e fazer nossa vida evoluir positivamente sem esperar nada dos outros, sem ficar procurando o culpado, ou culpados, sem pretextos e sem desculpas. Mesmo que tenhamos tido uma infância difícil, mesmo que achemos que “o inferno são os outros”, mesmo que… isso não deve nos impedir de ir em frente. Sejam quais forem nossas escolhas, devemos assumi-las, e se elas não forem felizes, não devemos colocar a culpa nos outros. É preciso também ser paciente, pois aquilo que num momento achamos que é uma
catástrofe pode de repente se revelar uma bênção. Tenho certeza de que já tiveram essa experiência uma ou mais vezes, em diferentes esferas da vida. Certamente conhecem o ditado chinês: “Depois de 7 anos, uma desgraça se torna uma graça”. De minha parte, estou convencido de que 7 dias, 7 horas, 7 minutos podem ser sufi cientes. Assim também é a alquimia da vida.

Já pude perceber que aqueles que reagem do modo mais positivo possível diante de um problema acabam atraindo o que chamam de “sorte”, isto é, uma nova oportunidade. Costumamos dizer que um rosacruz deveria ser um ponto de interrogação ambulante. De fato, isto é indispensável, pois a reflexão é tão importante quanto a pura meditação. No entanto, não devemos permitir que todas as perguntas que tocam nosso espírito e mesmo o embaçam venham arruinar nossa vida, nem nos privem das alegrias simples ou dos momentos fugazes de felicidade que muitas vezes deixamos passar sem lhes dar o devido valor. Podemos ter consciência do mundo que nos cerca, da crueldade que prevalece sobre a Terra e das injustiças que sofremos grupal ou individualmente, mas é preciso sempre lembrar de que, como disse o poeta e cantor Jacques Brel, “devemos ver em cada coisa, uma coisa linda”.

Quando a maré das lembranças o inunda, quando a tristeza o sufoca e você sente o coração apertado, quando apenas o lado feio do mundo se mostra, então, com a força do espírito que existe em você, resista, recorra à centelha que ainda brilha dentro de sua alma e, então, numa atitude desafiadora, de forma ousada, levante a cabeça, enfrente as forças que o estão empurrando para baixo e, com convicção e altivez diga: “Eu vou em frente… Eu vou em frente. Eu vou em frente!”

Consciência, Confiança, Perseverança e Coragem é o que lhes desejo!

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